215- Capítulo XXVIII - II - Preces Para Si Mesmo - Itens 11 a 14
- paulinhocomunhao
- 1 de dez. de 2023
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II – Preces para si mesmo
Aos anjos da guarda e aos Espíritos protetores
11. Prefácio. Todos temos, desde o nascimento, um Espírito bom que se ligou a nós e nos tomou sob a sua proteção. Desempenha, junto a nós, a missão de um pai para com seu filho: a de nos conduzir pelo caminho do bem e do progresso, através das provações da vida. Sente-se feliz, quando correspondemos à sua solicitude; sofre, quando nos vê sucumbir.
Seu nome pouco importa, pois pode acontecer que ele não tenha nome conhecido na Terra. Invocamo-lo, então, como nosso anjo da guarda, nosso bom gênio. Podemos mesmo invocá-lo sob o nome de qualquer Espírito superior, que nos inspire a mais viva e particular simpatia.
Além do nosso anjo da guarda, que é sempre um Espírito superior, temos Espíritos protetores que, embora menos elevados, não são menos bons e benevolentes; são parentes, ou amigos, ou, algumas vezes, pessoas que não conhecemos na existência atual. Eles nos assistem com seus conselhos, intervindo, muitas vezes, nos atos da nossa vida. Espíritos simpáticos são os que se ligam a nós por uma certa analogia de gostos e de pendores. Podem ser bons ou maus, conforme a natureza das inclinações que os atraem.
Os Espíritos sedutores se esforçam por nos afastar do caminho do bem, sugerindo-nos maus pensamentos. Aproveitam-se de todas as nossas fraquezas, como de outras tantas portas abertas, que lhes dão acesso à nossa alma. Há os que se agarram a nós como a uma presa, mas que se afastam quando se reconhecem impotentes para lutar contra a nossa vontade.
Deus nos deu um guia principal e superior em nosso anjo da guarda, e guias secundários em nossos Espíritos protetores e familiares. Mas é um erro acreditar que temos forçosamente um gênio mau ao nosso lado para contrabalançar as boas influências. Os Espíritos maus comparecem voluntariamente, desde que achem meio de assumir predomínio sobre nós, seja pela nossa fraqueza, seja pela negligência em seguirmos as inspirações dos Espíritos bons. Somos nós, portanto, que os atraímos. Resulta desse fato que jamais nos encontramos privados da assistência dos Espíritos bons e que depende de nós o afastamento dos maus. Sendo o homem, por suas imperfeições, a causa primeira das misérias que o afligem, ele é, na maioria das vezes, o seu próprio gênio mau. (Cap. V, item 4.)
A prece aos anjos da guarda e aos Espíritos protetores deve ter por objetivo solicitar a intercessão deles junto de Deus, pedir-lhes a força de resistir às más sugestões, bem como a sua assistência nas necessidades da vida.
12. Prece. Espíritos esclarecidos e benevolentes, mensageiros de Deus, cuja missão é assistir os homens e conduzi-los pelo bom caminho, sustentai-me nas provas desta vida; dai-me a força de suportá-las sem queixumes; afastai de mim os maus pensamentos e fazei que eu não dê acesso a nenhum Espírito mau que queira induzir-me ao mal. Esclarecei a minha consciência com relação aos meus defeitos e tirai-me de sobre os olhos o véu do orgulho, capaz de impedir que eu os perceba e os confesse a mim mesmo.
A ti, sobretudo, N..., meu anjo da guarda, que mais particularmente velas por mim, e a todos vós, Espíritos protetores, que vos interessais por mim, fazei que eu me torne digno da vossa benevolência. Conheceis as minhas necessidades; que sejam satisfeitas segundo a vontade de Deus.
13. (Outra.) Meu Deus, permite que os Espíritos bons que me cercam venham em meu auxílio quando eu estiver em dificuldade, e que me sustentem se eu vacilar. Faze, Senhor, que me inspirem fé, esperança e caridade; que sejam para mim um amparo, uma esperança e uma prova da tua misericórdia. Faze, enfim, que eu encontre neles a força que me falta nas provas da vida e, para resistir às sugestões do mal, a fé que salva e o amor que consola.
14. (Outra.) Espíritos bem-amados, anjos da guarda, vós a quem Deus, pela sua infinita misericórdia, permite que veleis sobre os homens, sede nossos protetores nas provações da vida terrena. Dai-
nos força, coragem e resignação; inspirai-nos tudo que é bom, detende-nos no declive do mal; que a vossa doce influência penetre nossa alma; fazei que sintamos como se um amigo devotado estivesse aqui, ao nosso lado, vendo os nossos sentimentos e partilhando das nossas alegrias.
E tu, meu bom anjo, não me abandones. Necessito de toda a tua proteção para suportar com fé e amor as provas que Deus haja por bem enviar-me.
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