210- Capítulo XXVIII - Item 3 - V
- paulinhocomunhao
- 26 de nov. de 2023
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V. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos que nos devem. Perdoa as nossas ofensas, assim como perdoamos aos que nos ofendem.
Cada uma das nossas infrações às tuas leis, Senhor, é uma ofensa que te fazemos e uma dívida contraída que, cedo ou tarde, teremos de saldar. Pedimos-te que no-las perdoes pela tua infinita misericórdia, sob a promessa, que te fazemos, de nos esforçarmos para não contrair novas dívidas.
Tu nos impuseste por lei expressa a caridade, mas a caridade não consiste apenas em assistirmos os nossos semelhantes em suas necessidades; também consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. Com que direito reclamaríamos a tua indulgência, se nós mesmos não a aplicamos em relação àqueles de quem nos queixamos?
Dá-nos força, ó meu Deus, para sufocar em nossa alma todo ressentimento, todo ódio e todo rancor. Faze que a morte não nos surpreenda guardando no coração desejos de vingança. Se te aprouver tirar-nos hoje mesmo deste mundo, faze que possamos apresentar-nos, diante de ti, puros de toda animosidade, a exemplo do Cristo, cujas últimas palavras foram em favor dos seus algozes. (Cap. X.)
As perseguições que os maus nos afligem fazem parte das nossas provas terrenas. Devemos aceitá-las sem nos queixarmos, como todas as outras provas e não maldizer dos que, por suas maldades, nos abrem o caminho da felicidade eterna, visto que nos disseste, pela boca de Jesus: “Bem-aventurados os que sofrem pela justiça!” Bendigamos, portanto, a mão que nos fere e humilha, uma vez que as mortificações do corpo nos fortalecem a alma e seremos exaltados por efeito da nossa humildade. (Cap. XII, item 4.)
Bendito seja teu nome, Senhor, por nos teres ensinado que nossa sorte não está irrevogavelmente fixada depois da morte; que encontraremos, em outras existências, os meios de resgatar e de reparar nossas faltas passadas, de cumprir em nova vida o que não podemos fazer nesta, para nosso progresso. (Cap. IV; cap. V, item 5.)
Assim se explicam, afinal, todas as anomalias aparentes da vida. É a luz que se projeta sobre o nosso passado e o nosso futuro, sinal evidente da tua justiça soberana e da tua infinita bondade.
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