200- Capítulo XXVII - Itens 16 e 17 - Preces Inteligíveis
- paulinhocomunhao
- 16 de nov. de 2023
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Preces inteligíveis
16. Se eu não entender o que significam as palavras, serei um bárbaro para aquele a quem falo e aquele que me fala será para mim um bárbaro. Se oro numa língua que não entendo, meu coração ora, mas a minha inteligência não colhe fruto. Se louvais a Deus apenas de coração, como é que um homem do número daqueles que só entendem a sua própria língua responderá amém no fim da vossa ação de graça, já que ele não entende o que dizeis? Não é que a vossa ação não seja boa, mas os outros não se edificam com ela. (PAULO, I Coríntios, 14:11, 14, 16, 17.)
17. A prece só tem valor pelo pensamento que lhe está conjugado. Ora, é impossível conjugar um pensamento qualquer àquilo que não se compreende, pois o que não se compreende não pode tocar o coração. Para a imensa maioria das criaturas, as preces feitas numa língua que elas não entendem não passam de um amontoado de palavras que nada dizem ao espírito. Para que a prece toque, é preciso que cada palavra desperte uma ideia; ora, a palavra que não é entendida não pode despertar ideia nenhuma. Será repetida como simples fórmula, cuja virtude dependerá do maior ou menor número de vezes que a repitam. Muitos oram por dever, alguns, até, por obediência aos usos, pelo que se julgam quites, desde que tenham dito uma oração determinado número de vezes e em tal ou tal ordem. Deus lê no fundo dos corações; vê o pensamento e a sinceridade. Julgá-lo, pois, mais sensível à forma do que ao fundo é rebaixá-lo. (Cap. XXVIII, item 2.)
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