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191- Capítulo XXV - Itens 9 a 11 - Não Vos Inquieteis pela Posse do Ouro

  • Foto do escritor: paulinhocomunhao
    paulinhocomunhao
  • 7 de nov. de 2023
  • 2 min de leitura

Não vos inquieteis pela posse do ouro


9. Não vos inquieteis pela posse do ouro nem pela prata, nem por outra moeda em vossos bolsos. Não prepareis alforje para o caminho, nem duas túnicas, nem calçados, nem sandálias, porque aquele que trabalha merece ser alimentado.


10. Ao entrardes em qualquer cidade ou aldeia, procurai saber quem é digno de vos hospedar e ficai na sua casa até que partais de novo. Entrando na casa, saudai-a assim: “Que a paz seja nesta casa”. Se a casa for digna disso, a vossa paz virá sobre ela; se não o for, a vossa paz voltará para vós.


Quando alguém não quiser vos receber, nem escutar vossas palavras, sacudi a poeira dos vossos pés, ao sairdes dessa casa ou dessa cidade. Digo-vos em verdade: “No dia do juízo, Sodoma e Gomorra serão tratadas menos rigorosamente do que essa cidade”. (MATEUS, 10:9 a 15.)


11. Essas palavras que Jesus dirigiu a seus apóstolos, quando os mandou anunciar, pela primeira vez, a Boa Nova, nada tinham de estranhável naquela época. Estavam de acordo com os costumes patriarcais do Oriente, em que o viajor encontrava sempre acolhida na tenda, mas, então, os viajantes eram raros. Entre os povos modernos, o desenvolvimento da circulação criou novos hábitos. Só se encontram costumes de tempos antigos em países longínquos, em que o grande movimento ainda não penetrou. Se Jesus voltasse hoje, já não poderia dizer a seus apóstolos: “Ponde-vos a caminho sem provisões”.


Ao lado do sentido próprio, essas palavras guardam um sentido moral muito profundo. Assim falando, Jesus ensinava a seus discípulos que confiassem na Providência. Depois, como nada tinham, não despertariam cobiça nos que os recebessem. Era um meio de distinguirem os caridosos dos egoístas. Foi por isso que lhes disse: “Procurai saber quem é digno de vos hospedar”, ou seja, quem é bastante humano para albergar o viajante que não tem com que pagar, porque esses são dignos de escutar as vossas palavras. É pela caridade deles que os reconhecereis.


Quanto àqueles que não quisessem recebê-los nem ouvi-los, Jesus, porventura, recomendou aos apóstolos que os amaldiçoassem, que se impusessem a eles, que usassem de violência e de constrangimento para os converterem? Não; mandou pura e simplesmente que fossem a outros lugares, à procura de pessoas de boa vontade.


O mesmo diz hoje o Espiritismo a seus adeptos: não violenteis consciência alguma; não obrigueis ninguém a deixar a sua crença para adotar a vossa; não lanceis anátema sobre os que não pensam como vós; acolhei os que venham a vós e deixai em paz os que vos repelem. Lembrai-vos das palavras do Cristo. Outrora o Céu era tomado com violência; hoje é conquistado pela brandura. (Cap. IV, itens 10 e 11.)








 
 
 

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