top of page
Buscar

190- Capítulo XXV - Itens 6 a 8 - Olhai os Pássaros do Céu

  • Foto do escritor: paulinhocomunhao
    paulinhocomunhao
  • 6 de nov. de 2023
  • 3 min de leitura

Olhai os pássaros do céu


6. Não acumuleis tesouros na Terra, onde a ferrugem e os vermes os comem e onde os ladrões os desenterram e roubam; acumulai tesouros no Céu, onde nem a ferrugem nem os vermes os comem; porque, onde está o vosso tesouro, aí está também o vosso coração.


Eis por que vos digo: “Não vos inquieteis por saber onde achareis o que comer para sustento da vossa vida nem de onde tirareis veste para cobrir o vosso corpo. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que as vestes?”


Olhai os pássaros do céu: não semeiam, não ceifam, não guardam em celeiros, mas vosso Pai celestial os alimenta. Não valeis muito mais do que eles? e qual, dentre vós, o que pode, com todos os seus esforços, aumentar de um côvado a sua estatura?


Por que, também, vos inquietais pelo vestuário? Olhai como crescem os lírios dos campos; não trabalham nem fiam; entretanto, Eu vos declaro que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles. Ora, se Deus tem o cuidado de vestir dessa maneira a erva dos campos, que existe hoje e amanhã será lançada na fornalha, quanto maior cuidado não terá em vos vestir, ó homens de pouca fé!


Não vos inquieteis, pois, dizendo: Que comeremos? Ou: que beberemos? Ou: com que nos vestiremos? como fazem os pagãos, que andam à procura de todas essas coisas; porque vosso Pai sabe que tendes necessidade delas.


Buscai primeiramente o Reino de Deus e a sua justiça, que todas essas coisas vos serão dadas de acréscimo. Assim, pois, não vos inquieteis pelo dia de amanhã, porque o amanhã cuidará de si. A cada dia basta o seu mal. (MATEUS, 6:19 a 21; 25 a 34.)


7. Interpretadas ao pé da letra, essas palavras seriam a negação de toda previdência, de todo trabalho e, por conseguinte, de todo progresso. Com semelhante princípio, o homem se limitaria a esperar passivamente. Suas forças físicas e intelectuais permaneceriam inativas. Se tal fosse a sua condição normal na Terra, o homem nunca teria saído do estado primitivo e, se dessa condição ele fizesse a sua lei para a atualidade, só lhe restaria viver sem fazer coisa alguma. Tal não pode ter sido o pensamento de Jesus, pois estaria em contradição com o que Ele disse de outras vezes, com as próprias Leis da Natureza. Deus criou o homem sem vestes e sem abrigo, mas deu-lhe a inteligência para fabricá-los. (Cap. XIV, item 6; cap. XXV, item 2.)


Não se deve, pois, ver nessas palavras mais do que uma poética alegoria da Providência, que nunca abandona os que nela confiam, querendo, todavia, que esses, por seu lado, trabalhem. Se ela nem sempre socorre materialmente, inspira as ideias com que se encontram os meios de sair da dificuldade. (Cap. XXVII, item 8.)


Deus conhece as nossas necessidades e a elas provê, como for necessário. O homem, porém, insaciável nos seus desejos, nem sempre sabe contentar-se com o que tem. O necessário não lhe basta, precisa do supérfluo. A Providência, então, o deixa entregue a si mesmo. Muitas vezes ele se torna infeliz por culpa sua e por haver ignorado a voz da consciência, que o advertia. Nesses casos, Deus permite que o homem sofra as consequências, a fim de que lhe sirvam de lição para o futuro. (Cap. V, item 4.)


8. A Terra produzirá o suficiente para alimentar a todos os seus habitantes, quando os homens souberem administrar os bens que ela dá, segundo as leis de justiça, de caridade e de amor ao próximo. Quando a fraternidade reinar entre os diversos povos, como entre as províncias de um mesmo império, o supérfluo momentâneo de um suprirá a insuficiência momentânea do outro, e todos terão o necessário. O rico, então, considerar-se-á como alguém que possui grandes quantidades de sementes; se as espalhar, elas produzirão ao cêntuplo para si e para os outros, mas se comer sozinho as sementes, se as desperdiçar e deixar que se perca o excedente do que haja comido, nada produzirão, e não haverá o bastante para todos. Se as amontoar no seu celeiro, os vermes as devorarão. Foi por isso que Jesus disse: “Não acumuleis tesouros na Terra, porque são perecíveis; acumulai-os no Céu, onde são eternos”. Em outros termos, não ligueis aos bens materiais mais importância do que aos espirituais, e sabei sacrificar aqueles em favor destes últimos. (Cap. XVI, item 7 e seguintes.)


Não é com leis que se decreta a caridade e a fraternidade. Se elas não estiverem no coração, o egoísmo sempre as sufocará. Cabe ao Espiritismo fazê-las penetrar nele.








 
 
 

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page