171- Capítulo XXI - Itens 6 e 7 - Não Creiais em Todos os Espíritos
- paulinhocomunhao
- 18 de out. de 2023
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Não creiais em todos os Espíritos
6. Meus bem-amados, não creiais em todo Espírito, mas provai se os Espíritos são de Deus, porque muitos falsos profetas já se têm levantado no mundo. (JOÃO, Primeira Epístola, 4:1.)
7. Os fenômenos espíritas, longe de abonarem os falsos cristos e os falsos profetas, como algumas pessoas gostam de dizer, vêm, ao contrário, desferir-lhes o golpe final. Não peçais milagres nem prodígios ao Espiritismo, porque ele declara formalmente que não os produz. Do mesmo modo que a Física, a Química, a Astronomia e a Geologia revelaram as leis do mundo material, ele vem revelar outras leis desconhecidas, as que regem as relações do mundo corpóreo com o mundo espiritual, leis que, tanto quanto aquelas outras da Ciência, são Leis da Natureza. Ao facultar a explicação de certa ordem de fenômenos incompreendidos até hoje, o Espiritismo destrói o que ainda restava do domínio do maravilhoso. Quem, portanto, se sentisse tentado a explorar os fenômenos espíritas em proveito próprio, fazendo-se passar por Messias de Deus, não conseguiria abusar por muito tempo da credulidade alheia e logo seria desmascarado. Ademais, como já se tem dito, tais fenômenos, por si sós, nada provam; a missão se prova por efeitos morais, o que não é dado a qualquer um produzir. Eis aí um dos resultados do desenvolvimento da ciência espírita; pesquisando a causa de certos fenômenos, ela levanta o véu de sobre muitos mistérios. Só os que preferem a obscuridade à luz, têm interesse em combatê-la, mas a verdade é como o Sol: dissipa os mais densos nevoeiros. O Espiritismo revela outra categoria bem mais perigosa de falsos cristos e de falsos profetas, que se encontram, não entre os homens, mas entre os desencarnados: a dos Espíritos enganadores, hipócritas, orgulhosos e pseudossábios, que passaram da Terra para a erraticidade e tomam nomes venerados para, sob a máscara com que se cobrem, facilitarem a aceitação das mais singulares e absurdas ideias. Antes que se conhecessem as relações mediúnicas, eles atuavam de maneira menos ostensiva, pela inspiração, pela mediunidade inconsciente, audiente ou falante. É considerável o número dos que, em diversas épocas, principalmente nestes últimos tempos, se têm apresentado como alguns dos antigos profetas, como o Cristo, como Maria, sua mãe, e até como Deus. João adverte os homens contra eles, dizendo: “Meus bem-amados, não creiais em todo Espírito, mas provai se os Espíritos são de Deus, porque muitos falsos profetas já se têm levantado no mundo”. O Espiritismo nos fornece os meios de os experimentar, apontando as características pelas quais se reconhecem os Espíritos bons, características sempre morais, nunca materiais. 25 É à maneira de se distinguirem os Espíritos bons dos maus que, principalmente, podem aplicar-se estas palavras de Jesus: “Pelo fruto é que se reconhece a qualidade da árvore; uma árvore boa não pode produzir maus frutos, e uma árvore má não os pode produzir bons”. Julgam-se os Espíritos pela qualidade de suas obras, como se julga uma árvore pela qualidade dos seus frutos.
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