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170- Capítulo XXI - Item 5 - Prodígios dos Falsos Profetas

  • Foto do escritor: paulinhocomunhao
    paulinhocomunhao
  • 17 de out. de 2023
  • 2 min de leitura

Prodígios dos falsos profetas


5. “Levantar-se-ão falsos cristos e falsos profetas, que farão grandes prodígios e coisas de espantar, a ponto de seduzirem os próprios escolhidos.” Essas palavras dão o verdadeiro sentido do termo prodígio. Na acepção teológica, os prodígios e os milagres são fenômenos excepcionais, fora das Leis da Natureza. Como as Leis da Natureza são obras exclusivas de Deus, Ele pode, sem dúvida, derrogá-las, se lhe apraz, mas o simples bom senso diz que não é possível que Ele tenha dado a seres inferiores e perversos um poder igual ao seu, nem, ainda menos, o direito de desfazer o que Ele tenha feito. Jesus não pode ter consagrado semelhante princípio. Se, portanto, de acordo com o sentido que se atribui a essas palavras, o Espírito do mal tem o poder de fazer prodígios tais que os próprios escolhidos se deixem enganar, o resultado seria que, podendo fazer o que Deus faz, os prodígios e os milagres não são privilégio exclusivo dos enviados de Deus e nada provam, pois nada distingue os milagres dos santos dos milagres do demônio. Deve-se, pois, procurar um sentido mais racional para aquelas palavras.


Aos olhos do vulgo ignorante, todo fenômeno cuja causa é desconhecida passa por sobrenatural, maravilhoso e miraculoso; uma vez encontrada a causa, reconhece-se que o fenômeno, por mais extraordinário que pareça, não passa da aplicação de uma Lei da Natureza. Assim, o círculo dos fatos sobrenaturais se restringe à medida que o da Ciência se alarga. Em todos os tempos houve homens que exploraram, em proveito de suas ambições, de seus interesses e do seu anseio de dominação, certos conhecimentos que possuíam, a fim de alcançarem o prestígio de um suposto poder sobre-humano, ou de uma pretensa missão divina. São esses os falsos cristos e os falsos profetas. A difusão das luzes lhes destrói o crédito, razão pela qual o número deles diminui à medida que os homens se esclarecem. O fato de operar o que certas pessoas consideram prodígios não constitui, pois, sinal de uma missão divina, já que pode resultar de conhecimentos que cada um pode adquirir ou de faculdades orgânicas especiais, que o mais indigno pode possuir tão bem, quanto o mais digno. O verdadeiro profeta se reconhece por características mais sérias e exclusivamente morais.








 
 
 

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