161- Capítulo XIX - Itens 8 a 10 - Parábola da Figueira que Secou
- paulinhocomunhao
- 8 de out. de 2023
- 2 min de leitura
Parábola da Figueira que Secou
8. Quando saíam de Betânia, Ele teve fome; e, vendo ao longe uma figueira, para ela encaminhou-se, a fim de ver se acharia alguma coisa; tendo-se, porém, aproximado, só achou folhas, visto não ser tempo de figos. Então, disse Jesus à figueira: “Que ninguém coma de ti fruto algum”, o que seus discípulos ouviram. No dia seguinte, ao passarem pela figueira, viram que secara até a raiz. Pedro, lembrando-se do que Jesus havia dito, disse: “Mestre, olha como secou a figueira que Tu amaldiçoaste”. Jesus, tomando a palavra, lhes disse: “Tende fé em Deus. Digo-vos, em verdade, que aquele que disser a esta montanha: ‘Tira-te daí e lança-te ao mar, mas sem hesitar no seu coração, crente, ao contrário, firmemente, de que tudo o que houver dito acontecerá, verá que, com efeito, acontece’”. (MARCOS, 9:12 a 14; 20 a 23.)
9. A figueira que secou é o símbolo das pessoas que apenas aparentam propensão para o bem, mas que, em realidade, nada produzem de bom; dos oradores, que têm mais brilho do que solidez; suas palavras trazem o verniz superficial, de modo que agradam aos ouvidos, sem, no entanto, revelarem, quando perscrutadas, algo de substancial para os corações. Depois de proferidas, é de perguntar-se que proveito tiraram delas os que as escutaram.
Simboliza também todos aqueles que, tendo meios de ser úteis, não o são; todas as utopias, todos os sistemas vazios, todas as doutrinas sem base sólida. O que falta na maioria das vezes é a verdadeira fé, a fé produtiva, a fé que abala as fibras do coração, numa palavra, a fé que transporta montanhas. São árvores cobertas de folhas, mas carentes de frutos. É por isso que Jesus as condena à esterilidade, porque dia virá em que se acharão secas até a raiz. Significa dizer que todos os sistemas, todas as doutrinas que não houverem produzido nenhum bem para a Humanidade, cairão reduzidas a nada; que todos os homens deliberadamente inúteis, por não terem posto em ação os recursos que traziam consigo, serão tratados como a figueira que secou.
10. Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos; suprem, nestes últimos, a falta de órgãos materiais pelos quais transmitem suas instruções. É por isso que são dotados de faculdades para esse efeito. Nestes tempos de renovação social, eles têm uma missão especialíssima; são árvores que devem fornecer alimento espiritual a seus irmãos; multiplicam-se em número, para que o alimento seja abundante; existem em toda parte, em todos os países, em todas as classes da sociedade, entre os ricos e os pobres, entre os grandes e os pequenos, a fim de que não haja deserdados em nenhum ponto e a fim de provar aos homens que todos são chamados. Se, porém, eles desviam do objetivo providencial a preciosa faculdade que lhes foi concedida, se a empregam em coisas fúteis ou prejudiciais, se a põem a serviço dos interesses mundanos, se em vez de frutos salutares dão maus frutos, se se recusam a utilizá-la em benefício dos outros, se não tiram nenhum proveito dela para si mesmos, melhorando-se, são como a figueira estéril. Deus lhes retirará um dom que se tornou inútil em suas mãos: a semente que não sabem fazer frutificar, deixando que se tornem vítimas dos Espíritos maus.
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