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159- Capítulo XIX - A Fé Transporta Montanhas - Itens 1 a 5 - Poder da Fé

  • Foto do escritor: paulinhocomunhao
    paulinhocomunhao
  • 6 de out. de 2023
  • 3 min de leitura

Poder da fé


1. Quando Ele veio ao encontro do povo, um homem se aproximou e, lançando-se de joelhos a seus pés, disse: “Senhor, tem piedade do meu filho, que é lunático e sofre muito, pois cai muitas vezes no fogo e muitas vezes na água. Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não o puderam curar”. — Jesus respondeu, dizendo: “Ó raça incrédula e depravada, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui esse menino”. — E tendo Jesus ameaçado o demônio, este saiu do menino, que no mesmo instante ficou são. Os discípulos vieram então ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: “Por que não pudemos nós outros expulsar esse demônio?” — Respondeulhes Jesus: “Por causa da vossa incredulidade. Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daí para ali e ela se transportaria, e nada vos seria impossível”. (MATEUS, 17:14 a 20.)


2. No sentido próprio, é certo que a confiança nas suas próprias forças torna o homem capaz de executar coisas materiais, que não consegue fazer quem duvida de si, mas, aqui, é unicamente no sentido moral que se devem entender essas palavras. As montanhas que a fé transporta são as dificuldades, as resistências, a má vontade, em suma, que encontramos entre os homens, ainda quando se trate das melhores coisas. Os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo e as paixões orgulhosas são outras tantas montanhas que barram o caminho de quantos trabalham pelo progresso da Humanidade. A fé robusta dá a perseverança, a energia e os recursos que fazem vencer os obstáculos, nas pequenas como nas grandes coisas. A fé vacilante dá a incerteza e a hesitação de que se aproveitam os adversários que devemos combater; essa fé não procura os meios de vencer, porque não acredita que possa vencer.


3. Em outra acepção, entende-se como fé a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. Ela dá uma espécie de lucidez que permite se veja, em pensamento, a meta que se quer alcançar e os meios de chegar lá, de sorte que aquele que a possui caminha, por assim dizer, com absoluta segurança. Em ambos os casos ela pode permitir que se executem grandes coisas.


A fé sincera e verdadeira é sempre calma; faculta a paciência que sabe esperar, porque, tendo seu ponto de apoio na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de alcançar a meta visada. A fé vacilante sente a sua própria fraqueza; quando é estimulada pelo interesse, torna-se furiosa e julga suprir, com violência, a força que lhe falta. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança; a violência, ao contrário, é uma prova de fraqueza e de dúvida de si mesmo.


4. Não se deve confundir a fé com a presunção. A verdadeira fé se alia à humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Ele. É por essa razão que os Espíritos bons vêm em seu auxílio. A presunção é mais orgulho do que fé, e o orgulho é sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelas derrotas que lhe são infligidos.


5. O poder da fé recebe uma aplicação direta e especial na ação magnética; por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível. É por isso que a criatura dotada de grande poder fluídico normal pode operar esses singulares fenômenos de cura e outros, tidos antigamente como prodígios, mas que não passam de efeito de uma lei natural, desde que, para tanto, alie a esse poder a sua ardente fé. Tal o motivo pelo qual Jesus disse a seus apóstolos: se não o curastes, foi porque não tínheis fé.








 
 
 

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