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156- Capítulo XVIII - Itens 10 a 12 - Muito Se Pedirá a Quem Muito Recebeu

  • Foto do escritor: paulinhocomunhao
    paulinhocomunhao
  • 3 de out. de 2023
  • 3 min de leitura

Muito se pedirá a quem muito recebeu


10. “O servo que souber da vontade do seu amo e que, entretanto, não estiver pronto e não fizer o que dele queira o amo, será rudemente castigado. Mas aquele que não tenha sabido da sua vontade e fizer coisas dignas de castigo, será menos punido. Muito se pedirá àquele a quem muito se tiver dado e maiores contas serão tomadas àquele a quem se haja confiado mais coisas”. (LUCAS, 12:47 e 48.)


11. “Vim a este mundo para exercer um juízo, a fim de que os que não veem vejam e os que veem se tornem cegos”. — Alguns fariseus que estavam com Ele, ouvindo essas palavras, lhe perguntaram: “Também nós, então, somos cegos?” — Respondeu-lhes Jesus: “Se fôsseis cegos, não teríeis pecados, mas, agora, dizeis que vedes e é por isso que permanece em vós o vosso pecado”. (JOÃO, 9:39 a 41.)


12. Essas máximas encontram sua aplicação principalmente no ensino dos Espíritos. Quem quer que conheça os preceitos do Cristo e não os pratique, certamente é culpado. Todavia, além de o Evangelho, que os contém, achar-se espalhado somente no seio das seitas cristãs, mesmo dentro destas quantas pessoas não o leem, e entre as que o leem, quantas não o compreendem! Resulta daí que as próprias palavras de Jesus são perdidas para a maioria dos homens.


O ensino dos Espíritos, reproduzindo essas máximas sob diferentes formas, desenvolvendo-as e comentando-as, para pô-las ao alcance de todos, tem a particularidade de não ser circunscrito; todos, letrados ou iletrados, crentes ou incrédulos, cristãos ou não, podem recebê-lo, já que os Espíritos se comunicam por toda parte. Nenhum dos que o recebam, diretamente ou por intermédio de outrem, pode alegar ignorância; não pode desculpar-se nem com a falta de instrução, nem com a obscuridade do sentido alegórico. Aquele, portanto, que não aproveita essas máximas para melhorar-se, que as admira como coisas interessantes e curiosas, sem que lhe toquem o coração, que não se torna nem menos vão, nem menos orgulhoso, nem menos egoísta, nem menos apegado aos bens materiais, nem melhor para seu próximo, é muito mais culpado, porque tem mais meios de conhecer a verdade.


Os médiuns que obtêm boas comunicações são ainda mais censuráveis, caso persistam no mal, porque muitas vezes escrevem sua própria condenação e porque, se o orgulho não os cegasse, reconheceriam que é a eles que os Espíritos se dirigem. Mas em vez de tomarem para si as lições que escrevem ou as escritas por outros, têm por única preocupação aplicá-las às demais pessoas, confirmando assim estas palavras de Jesus: “Vedes um cisco no olho do vosso próximo, e não vedes a trave que está no vosso”. (Cap. X, item 9.)


Por este outro preceito: “Se fôsseis cegos não teríeis pecados”, Jesus dá a entender que a culpabilidade está na razão das luzes que a criatura possua. Ora, os fariseus, que tinham a pretensão de ser, como de fato eram, a parte mais esclarecida da nação, tornavam-se mais repreensíveis aos olhos de Deus do que o povo ignorante. Acontece a mesma coisa nos dias de hoje.


Aos espíritas, pois, muito será pedido, porque muito têm recebido, como, também, muito será dado aos que houverem aproveitado.


O primeiro cuidado de todo espírita sincero deve ser o de procurar saber, nos conselhos que os Espíritos dão, se não há alguma coisa que lhe diga respeito.


O Espiritismo vem multiplicar o número dos chamados. Pela fé que concede, multiplicará também o número dos escolhidos.








 
 
 

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