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148- Capítulo XVII - Instruções dos Espíritos - Item 7 - O Dever

  • Foto do escritor: paulinhocomunhao
    paulinhocomunhao
  • 25 de set. de 2023
  • 2 min de leitura

Instruções dos Espíritos


O dever


7. O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros. O dever é a lei da vida. Ele se encontra nas mais ínfimas particularidades, como nos atos mais elevados. Quero falar aqui apenas do dever moral, e não do dever que as profissões impõem.


Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se, por se achar em antagonismo com as seduções do interesse e do coração. Suas vitórias não têm testemunhas e suas derrotas não estão sujeitas à repressão. O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio. O aguilhão da consciência, guardião da probidade interior, o adverte e sustenta, mas, muitas vezes, mostra-se impotente diante dos sofismas e da paixão. Fielmente observado, o dever do coração eleva o homem; como determiná-lo, porém, com exatidão? Onde começa ele? Onde termina? O dever começa exatamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais que ninguém ultrapasse o vosso.


Deus criou todos os homens iguais para a dor. Pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, todos sofrem pelas mesmas causas, a fim de que cada um julgue em sã consciência o mal que pode fazer. Não existe o mesmo critério para o bem, infinitamente mais variado em suas expressões. A igualdade diante da dor é uma sublime previdência de Deus, que quer que todos os seus filhos, instruídos pela experiência comum, não pratiquem o mal, alegando ignorância de seus efeitos.


O dever é o resumo prático de todas as especulações morais; é uma bravura da alma que enfrenta as angústias da luta; é austero e brando; pronto a dobrar-se às mais diversas complicações, mantém-se inflexível diante das suas tentações. O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que às criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo. É, ao mesmo tempo, juiz e escravo em causa própria.


O dever é o mais belo galardão da razão; descende desta, como o filho descende de sua mãe. O homem tem de amar o dever, não porque preserve de males a vida, males aos quais a Humanidade não pode subtrair-se, mas porque confere à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento.


O dever cresce e irradia sob uma forma mais elevada, em cada um dos estágios superiores da Humanidade. A obrigação moral da criatura para com Deus jamais cessa; deve refletir as virtudes do Eterno, que não aceita esboços imperfeitos, porque quer que a beleza de sua obra resplandeça a seus próprios olhos. – LÁZARO. (PARIS, 1863.)








 
 
 

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